Cidades mortas: cem anos

17.12.2019 - 9h30

Dr. Luís Camargo – Pesquisador independente

Há cerca de cem anos, mais exatamente no dia 21 de dezembro de 1919, o jornal Correio Paulistano anunciava que “Foram postos a venda, com muito succeso, os livros recentemente sahidos á luz, da autoria de Monteiro Lobato – ‘Cidades Mortas’ e ‘Idéas de Géca Tatú’” (ortografia da época). No centenário de publicação de Cidades mortas, aborda-se a recepção dessa obra nos anos 1920, em jornais e revistas, por meio da Hemeroteca Digital Brasileira, da Biblioteca Nacional, da Hemeroteca Digital, da Biblioteca Digital Unesp, e do Álbum de recortes de jornais, de Dona Purezinha, do Acervo Monteiro Lobato, da Biblioteca Monteiro Lobato (São Paulo). A obra Cidades mortas não é a mesma, de seu lançamento até a última edição revista pelo autor (1946): os textos mudam, a composição e organização dos textos também. A obra que lemos hoje não é a mesma que os primeiros leitores leram. É necessário, assim, retomar “a história das edições dos contos lobatianos”, na trilha do estudo de Milena Ribeiro Martins (2003).

 

 

Vor etwa 100 Jahren, am 21. Dezember 191, um genau zu sein, kündigte die Zeitung Correio Paulistano die erfolgreiche Veröffentlichung der Werke Cidades Mortas und Idéas de Géca Tatu [sic] mit diesen Worten an: “Foram postos a venda, com muito succeso, os livros recentemente sahidos á luz, da autoria de Monteiro Lobato – ‘Cidades Mortas’ e ‘Idéas de Géca Tatú’” [sic] . Zum 100-jährigen Jubiläum der Veröffentlichung von Cidades Mortas widmet sich der Vortrag der Rezeption dieses Werkes in den 1920er Jahren, wie sie in Zeitungen und (Fach)zeitschriften aus dieser Zeit erkennbar wird, die im Digitalen Archiv Brasiliens, in der Biblioteca Nacional, dem Digitalen Archiv der Bibliothek der UNESP, sowie in dem Album von Zeitungsausschnitten von Dona Purezinha, Bestandteil des Archivs Monteiro Lobato der Bibliothek Monteiro Lobato, dokumentiert sind. Die Cidades Mortas [Tote Städte] sind seit ihrer Erstveröffentlichung bis hin zur letzten revidierten Ausgabe des Werkes durch den Autor 1946 nicht mehr die gleichen: die Texte ändern sich, ebenso die Komposition wie auch die Anordnung der Texte. Das Werk, das wir heute lesen, ist nicht das gleiche, das die ersten Leser*innen zu lesen bekamen. Es ist daher notwendig, die Spur "der Geschichte der Ausgaben von Monteiro Lobatos Erzählungen", der Milena Ribeiro Martins (2003) in ihrer Forschung nachgeht, wieder aufzunehmen.

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