18.12.2019 - 14h50
Vanessa de Paula Hey – Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Menos que um elogio acrítico ao progresso e à modernização, o livro América (1932), de Monteiro Lobato, promove um debate a respeito do desenvolvimento econômico, político, social e cultural da sociedade norte-americana da década de 1930, para onde os olhos do mundo se voltavam (e para onde ainda se voltam nos dias de hoje). Esse debate leva em consideração os aspectos positivos e negativos da modernidade, suscitando reflexões acerca da forma como esse novo mundo se configurava; discute, por exemplo, a busca do indivíduo por sua individualidade no início da formação das sociedades de massa, questão que ainda hoje é atual e relevante. Para analisar os discursos da modernidade e da modernização que aparecem em América, o presente trabalho se propõe a dialogar com aqueles intertextos da obra que proporcionam essa discussão. Assim, será através dos diálogos estabelecidos com a obra Walden (1854), de Henry David Thoreau – obra de caráter não ficcional que pode ser estudada como um manifesto poético que responde de forma crítica ao grande desenvolvimento da civilização industrial que ganhava força nos Estados Unidos da metade do século XIX – que esses temas serão desenvolvidos.
Statt eines unkritischen Lobgesangs auf den Fortschritt und die Modernisierung, stößt Monteiro Lobatos Buch América (1932) eine Debatte über die wirtschaftliche, politische, soziale und kulturelle Entwicklung der Gesellschaft Nord-Amerikas in den 1930er Jahren an, die auch heute wieder die die Aufmerksamkeit der Welt auf sich zieht. Diese Debatte, die sowohl die positiven wie auch die negativen Aspekte der Moderne abwägt, gibt Anlass zu Überlegungen bezüglich der Art und Weise, wie diese Welt sich gestaltete. Dabei steht beispielsweise die bis heute relevante Frage, wie sich die Individualität der Einzelnen im Kontext der entstehenden Massengeselschaften konstituiert, zur Diskussion. Zur Analyse der in América präsenten Diskurse von Moderne und Modernisierung sucht die vorliegende Arbeit den intertextuellen Dialog mit den Quellen, die diese Diskussion in Lobatos Werk ermöglichen. Durch die Dialoge mit Henry David Thoreaus Walden (1854), das sich sowhohl als nicht fiktionaler Bericht wie auch als poetisches Manifest untersuchen lässt, in dem Thoreau zu der großen Entwicklung der industriellen Zivilisation, die sich Mitte des 19. Jahrhunderts im Aufschwung befand, Stellung nimmt, wird die angesprochene Thematik ausgearbeitet.